Build” ou “buy”? Na era da IA, o low-code redefine essa escolha

No mundo cada vez mais acelerado e tecnológico em que vivemos, as empresas enfrentam soluções complexas no que diz respeito ao desenvolvimento de sistemas. Uma das principais questões a ser considerada é: vale mais a pena construir nossa própria solução do zero (build) ou adquirir softwares prontos no mercado (buy)? Essa discussão ganhou novos contornos com o advento da Inteligência Artificial (IA) e das plataformas low-code, que prometem facilitar esse dilema.
Neste artigo, vamos explorar como as estratégias ‘build, buy & blend’ podem ser utilizadas por empresas de e-commerce para modernizar seus sistemas e acelerar inovações, tudo isso integrando SaaS (Software as a Service) e sistemas legados de forma eficiente.

A primeira parte dessa análise diz respeito ao conceito de “low-code”. Um sistema de desenvolvimento low-code permite que desenvolvedores e não desenvolvedores criem aplicativos e sistemas de forma mais rápida e intuitiva, utilizando uma interface com arrasta-e-solta e minimizando a quantidade de programação necessária. Essa abordagem não apenas acelera o desenvolvimento, como também promove uma maior flexibilidade – fundamental em um ambiente de constante mudança como o do e-commerce.

O impacto da IA nesse cenário é inegável. As ferramentas de IA são cada vez mais utilizadas para aprimorar a experiência do cliente, otimizar processos de logística e melhorar as operações de marketing digital. Dessa forma, empresas que adotam a combinação de low-code e IA conseguem acelerar ainda mais suas inovações. Quando as organizações conseguem mesclar as suas soluções desenvolvidas internamente com as ferramentas disponíveis no mercado, o resultado final pode ser bastante vantajoso.

Por outro lado, a escolha entre build ou buy também depende do perfil da empresa e de seu ambiente competitivo. Para organizações mais estabelecidas e que possuem uma base sólida de clientes, pode ser interessante desenvolver suas próprias soluções que atendam com precisão às suas necessidades específicas. Já empresas iniciantes ou que estão incursando novos segmentos podem se beneficiar da agilidade das soluções do tipo buy, permitindo que se concentrem em sua essência: o que oferece, como atende o cliente e como criar uma identidade de marca forte no mercado.

Por fim, vale a pena ressaltar que, independentemente da escolha, as empresas devem estar abertas a um modelo híbrido. Isso significa que a mistura de criação própria e aquisição de soluções de mercado pode criar um ambiente propício à inovação. Por exemplo, uma empresa pode desenvolver uma funcionalidade específica que atenda a uma demanda de seus clientes e, ao mesmo tempo, utilizar soluções SaaS para gestão de outros processos. O importante é garantir que todos os sistemas se integrem de forma harmônica.

A discussão entre build ou buy na era de IA e low-code é complexa e não existe uma resposta única que sirva para todas as empresas. Porém, o que podemos afirmar é que a combinação destas estratégias, aliada a um foco constante na experiência do cliente e na inovação, será fundamental para a sobrevivência no competitivo mercado de e-commerce.