IOF prejudica e-commerce e pode aumentar preços, diz executivo

No recente Fórum E-commerce Brasil, o executivo Fernando Nagamine abordou os impactos do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre o comércio eletrônico. Segundo ele, esse imposto pode ser um fator que prejudica as operações de e-commerce e, potencialmente, eleva os preços dos produtos para o consumidor final.

Durante sua palestra, Nagamine destacou que o IOF, embora seja uma medida que visa regulamentar e taxar certas operações financeiras, pode ter efeitos adversos no e-commerce, especialmente em um país onde a competitividade é crucial. O executivo observou que, em um ambiente onde as margens de lucro já são apertadas, qualquer aumento nos impostos pode resultar em repasses de custos para o consumidor.

“Estamos em um cenário onde o preço é um dos principais fatores de decisão de compra. Ao encarecer o produto devido a impostos, estamos tornando nossa capacidade de competir cada vez mais difícil”, afirmou Nagamine, ressaltando a importância de um debate mais aprofundado sobre a relevância do IOF no contexto do e-commerce.

Além disso, o executivo frisou que muitos consumidores estão optando por dividir suas compras em parcelas, o que por sua vez também pode ser afetado pelo IOF, encarecendo significativamente essas transações. Essa situação pode levar não apenas ao aumento da insatisfação do consumidor, mas também a uma diminuição nas vendas, colocando pressão adicional sobre os varejistas online.

O Fórum E-commerce Brasil também discutiu outras questões, como a preparação dos negócios para a recuperação econômica e as expectativas de crescimento para os próximos anos. Com a visão de que a inovação e a adaptação são vitais, especialmente em tempos de incerteza, os participantes do fórum concordaram que é fundamental encontrar formas de contornar impostos e regulações que possam prejudicar o crescimento do e-commerce.

Em resumo, a discussão em torno do IOF e suas implicações no e-commerce é clara e urgente. As empresas precisam se unir para pressionar por mudanças que ajudem a garantir a sustentabilidade e a competitividade neste setor vital da economia brasileira.